Governo disponível para negociar acordo que termine requisição civil do Zmar
Intervenção das forças de segurança na madrugada de quinta-feira coloca acordo em causa
Intervenção das forças de segurança na madrugada de quinta-feira coloca acordo em causa
O Governo está disponível para conversar com os representantes dos credores da gestora do Zmar Eco Experience, em Odemira, e dos proprietários das casas privadas de modo a substituir a requisição civil deste complexo turístico por um protocolo que contemple compensações, avança o "Jornal Económico". A requisição foi decretada no final da última semana para alojar doentes com covid-19 ou em isolamento profilático nesta região do Alentejo.
Uma fonte do Governo garantiu que, depois de uma reunião, esta quarta-feira, no Ministério da Economia, o protocolo entre Turismo de Portugal e a gestora do resort ecológico mantém “a disponibilidade para conversar, mas os pagamentos das compensações não podem ser mais importantes do que a resposta de saúde pública que tem de ser feita com urgência".
O advogado que representa 114 dos 160 proprietários de casas privadas, Nuno Vieira da Silva, confirma que o Executivo quis substituir a requisição civil por um acordo. O acordo envolveria o Turismo de Portugal e teria como objeto a cedência temporária do alojamento para pessoas em confinamento e isolamento profilático determinado pelas autoridades de saúde pública.
Nuno Vieira Silva acrescenta, no entanto, que, na quinta-feira de madrugada, “o corpo de intervenção entrou à força no Zmar, tendo acordado crianças quando as pessoas estavam a dormir” e o sucedido “põe em causa o acordo”. O advogado descreve o acontecimento como “um cenário de guerra” de cariz “completamente desproporcional”.
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