Exclusivo

Sociedade

Botelho Moniz. História de um golpe contra Salazar

Botelho Moniz. História de um golpe contra Salazar
Paul Schutzer/The LIFE Picture Collection/Getty Images

Em abril de 1961, passam agora 60 anos, esteve iminente um golpe palaciano que tencionava destituir Salazar e inverter o curso da política ultramarina do regime. Os seus mentores não eram personagens secundárias. Entre estes, pontificava o general Botelho Moniz, ministro da Defesa

A intenção desta intentona não era, porém, fazer o país evoluir para uma democracia, mas sim deslocar o eixo político do presidente do Conselho, um civil, para os militares e o Presidente da República. Numa ideia, pretendia recuperar o espírito do 28 de maio de 1926, continuando a recusar o liberalismo político, mas enveredando por um reformismo que atacasse o que, na sua ótica, eram os principais males do regime: a promiscuidade entre o Estado e os grupos económicos; o nepotismo; a inflexibilidade doutrinária, sobretudo em relação às então províncias ultramarinas; o desinvestimento na educação e na melhoria das condições de vida da população; e a imposição de um pensamento único, com consequente estrangulamento da liberdade de expressão.

A Abrilada de 1961 não foi pois um ensaio longínquo do 25 de abril de 1974. Mas, caso tivesse triunfado, podia ter evitado 13 anos de guerra e talvez até o penoso arrastar de um regime que recusava enfrentar a realidade.

Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate