Sociedade

“Angústia, tristeza, medo, incerteza”: Ordem dos Psicólogos divulga “sugestões para manter a saúde mental” no novo confinamento

“Angústia, tristeza, medo, incerteza”: Ordem dos Psicólogos divulga “sugestões para manter a saúde mental” no novo confinamento
MIGUEL MEDINA/GETTY IMAGES

Reforçar relações e “partilhar o que sente” com amigos e familiares, sabendo desde logo que “é natural ter sentimentos menos bons”, como “angústia, tristeza, medo, incerteza, frustração, cansaço e desgaste”, são duas das sugestões da Ordem dos Psicólogos Portugueses para “preservar a saúde mental” durante este segundo confinamento. Mas há mais

“Angústia, tristeza, medo, incerteza”: Ordem dos Psicólogos divulga “sugestões para manter a saúde mental” no novo confinamento

Helena Bento

Jornalista

A situação que vivemos não “é fácil” mas há formas de “manter uma boa saúde psicológica” durante o segundo confinamento. É isto que se lê no comunicado divulgado esta sexta-feira pela Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP), que dá conta da publicação, no site da Ordem, de várias sugestões para “ajudar a ultrapassar alguns sentimentos ou estados de espírito”.

Segundo a OPP, que preparou esta lista de sugestões em parceria com a Direção-Geral da Saúde, é importante saber, desde logo, que “é natural ter sentimentos menos bons”, como “angústia, tristeza, medo, incerteza, frustração, cansaço e desgaste”. Estar “atento” e aceitar as “emoções, sentimentos e pensamentos”, sabendo, à partida, que o “nosso humor e motivação podem flutuar”, é outra das sugestões, assim como aprender sobre “resiliência”. “Acredite na sua capacidade para lidar com este desa­fio. Use ou adapte estratégias que já utilizou para lidar com situações difíceis na sua vida”.

O documento da OPP recomenda que sejam reforçadas as relações e que os “afetos” sejam manifestados, “mesmo à distância”, que se fale com familiares e amigos sobre “como nos sentimos e como estamos a experienciar a situação” e que se reforcem os “comportamentos pró-saúde e pró-sociais”, porque “do nosso comportamento, empatia e solidariedade depende não só a nossa saúde e a saúde das pessoas de quem gostamos, mas a saúde e o bem-estar de todos.”

Falar com familiares e amigos que possam estar em “situações de maior vulnerabilidade” é também uma sugestão, assim como “estabelecer expectativas e objetivos realistas para este período”, respeitando, cada um, o “seu ritmo e as suas necessidades, dia-a-dia”. “Seja flexível e aceite que fará o melhor que puder com as circunstâncias que tem”, assim se lê no documento, que sugere que a consulta de informação sobre a pandemia seja reduzida “para apenas uma a duas vezes por dia” e em “fontes de informação credíveis e atualizadas”.

Se possível, diz a OPP, “estabeleça períodos sem telefone, televisão ou outros ecrãs”. Finalmente, é recomendado um investimento “num estilo de vida saudável”, que implicará “escolher alimentos saudáveis, manter a atividade física e bons hábitos de sono”. Tudo isso “melhora o humor e a saúde”.

A OPP deixa ainda um alerta: no caso de se “sentir verdadeiramente sobrecarregado pelos sentimentos e pensamentos ou incapaz de fazer a sua rotina diária, deve pedir ajuda”, entrando em contacto com a Linha de Aconselhamento Psicológico do SNS24 (808 24 24 24).

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: hrbento@expresso.impresa.pt

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