Imigração para Portugal cai 9% em ano de pandemia. Mas Segun, Aoani e Ana Vitória vieram na mesma
Segun Adebayo Solomon imigrou em 2020 da Nigéria para Portugal
Sabrina Lima
Em 2020, o SEF emitiu menos 11.608 autorizações de residência. Portugal ganhou, ainda assim, quase 120 mil estrangeiros, como Segun, Aoaní e Ana Vitória
Não se esperava outra coisa. À medida que o novo coronavírus foi avançando, alimentando medos, fechando países inteiros e as fronteiras entre eles, emagrecendo economias e oportunidades de emprego, cortou também as rotas e adiou os sonhos de quem queria imigrar em 2020. De um ano para o outro, Portugal emitiu menos 11.608 autorizações de residência (AR) do que em 2019, ano em que quase 130 mil estrangeiros (129.155) tinham escolhido o país para residir legalmente — o que representou então uma subida de 39% — e se tinha ultrapassado a fasquia do meio milhão de estrangeiros a viver no país. No primeiro ano de pandemia, os novos imigrantes ficaram-se pelos 117.547, quase menos 10%. O vírus, porém, não travou a chegada do cabeleireiro nigeriano Segun Solomon, da atriz e jornalista são-tomense Aoaní d’Alva ou da doutoranda brasileira Ana Vitória:
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Mostram os dados do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) que os estrangeiros que passaram a residir legalmente em Portugal a partir de 2020 vieram principalmente do Brasil (quase 42 mil), Reino Unido, Índia, Angola, Itália, Cabo Verde, França, Nepal, Guiné-Bissau e Espanha, num top 10 descendente que mantém as nacionalidades do ano anterior, com ligeiras alterações de lugares. Os nepaleses, que numa década aumentaram 25 vezes em Portugal, desceram pela primeira vez; brasileiros foram menos 7 mil.
Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.