A provar-se nos testes seguintes, a vacina contra o coronavírus pandémico em desenvolvimento pelo laboratório norte-americano Pfizer e pela empresa alemã de biotecnologia BioNTech poderá ter uma eficácia de 90%. O resultado preliminar dos ensaios de fase III, com mais de 43 mil pessoas, são assim os mais promissores até agora.
Os fabricantes adiantam ainda que não foram detetados efeitos adversos graves entre os voluntários. “Hoje é um grande dia para a ciência e a humanidade. Estes primeiros resultados da terceira fase do ensaio clínico da vacina contra a covid-19 fornecem uma evidência inicial da capacidade da nossa vacina para prevenir” a doença, garante o presidente da Pfizer, Albert Bourla, ao jornal britânico “The Guardian”.
Os dados são ainda preliminares mas, mesmo assim, muito acima dos conhecidos para outras vacinas contra a covid-19 igualmente em testes. A experimentação terá ainda de manter-se por mais algum tempo, podendo revelar alterações nos níveis de eficácia, mas não deixa de ser um ganho importante e até além do esperado. A Organização Mundial da Saúde colocou a fasquia abaixo, nos 60% a 70% de proteção, admitindo que até essa poderia ser difícil de obter, permitindo assim que a nova vacina seja aprovada com a eficácia mínima, de 50%.
A gigante norte-americana avança já que ainda antes do fim do mês pretende submeter a vacina para aprovação. Caso a avaliação seja positiva, teoricamente será possível disponibilizar as primeiras doses, para profissionais de saúde, até ao final do ano.
O anúncio da Pfizer foi feito na véspera de a sua parceira alemã no desenvolvimento da vacina, a BioNTech, anunciar os resultados económicos do terceiro trimestre.
Notícia atualizada às 16h17 de 9-11-2020, com a introdução do último parágrafo
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