Exclusivo

Sociedade

Estudantes estrangeiros caem para metade em algumas universidades

Estudantes estrangeiros caem para metade em algumas universidades
Sean Gallup/Getty

Pandemia causa quebras na mobilidade, com prejuízo nos cofres das instituições no caso dos alunos internacionais

Estudantes estrangeiros caem para metade em algumas universidades

Isabel Leiria

Jornalista

No último ano letivo, as institui­ções de ensino superior portuguesas voltaram a registar um recorde no número de alunos estrangeiros que escolheram o nosso país para tirar uma licenciatura, mestrado ou doutoramento (mobilidade de grau). De acordo com a Direção-Geral do Ensino Superior, foram 44 mil, representando um aumento de 23% face a 2018/19. A estes juntam-se quase 16.700 que estão em programas de intercâmbio, como o Erasmus, e que passam, na maioria dos casos, apenas um semestre numa universidade ou politécnico português. Mas esta trajetória ascendente, com toda a probabilidade, será interrompida este ano letivo, devido à pandemia que tem fechado fronteiras e condicionado a circulação.

As maiores quebras reportadas pelas faculdades dizem respeito a alunos de Erasmus, com mais impacto na vida do campus, com a diminuição da presença de estrangeiros, do que propriamente a uma redução de receitas. Já no caso dos estudantes em mobilidade de grau, muitos deles a pagar propinas mais altas do que os cidadãos nacionais ou a frequentar mestrados onde os valores praticados são consideráveis, o prejuízo atinge diretamente o cofre das instituições. Ainda assim, e de acordo com os dados recolhidos pelo Expresso, a quebra é mais significativa entre o primeiro grupo. Dados parciais da Agência Nacional Erasmus+ dão conta de uma redução de 39% na chegada de alunos a Portugal: 5200 em setembro deste ano contra 8480 em igual mês do ano passado.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: ILeiria@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate