Suspeito do caso Maddie filmou violações de três mulheres

Christian Bruckner filmou três violações a diferentes mulheres, possivelmente quando residiu em Portugal entre 1996 e 2007. Foram dois ex-cúmplices que encontraram casualmente as gravações numa câmara de filmar que roubaram da casa do alemão, aproveitando o facto de este estar detido em Portimão por roubo de combustível, em 2006.

O tribunal de Braunschweig, na Alemanha, ouviu um destes suspeitos, que relatou duas dessas violações, de acordo com o acórdão judicial, a que o Expresso teve acesso, sobre o caso da violação de uma norte-americana na Praia da Luz em 2005.

Uma das vítimas que aparece no vídeo era uma mulher de cerca de 75 anos, que foi amarrada por Bruckner a uma cama num apartamento de férias e que tinha a cara tapada com óculos de natação, cujas lentes estavam pintadas com tinta cinzenta - foi alvo de inúmeras sevícias.

Uma outra vítima que também foi filmada pelo suspeito num outro vídeo era uma jovem que o violador amarrou a um poste de madeira no meio da sala de estar da sua antiga casa no Algarve.

As imagens da terceira violação foram vistas apenas pelo segundo cúmplice que também tinha entrado em casa de Bruckner. Tratava-se desta vez de uma mulher de 50 anos, que falava italiano.

Só que a câmara de vídeo com as imagens desapareceu naquele período, o que nunca permitiu servir de prova contra o homem que a justiça alemã, portuguesa e britânica suspeitam ser o autor do rapto de Madeleine McCann, em maio de 2007 na Praia da Luz.

Apesar da falta da câmara de filmar, o jornal alemão "Frankfurter Allgemeine Zeitung" revela que os dois testemunhos foram considerados credíveis pela Justiça alemã.

Em nenhuma destas filmagens aparece a mulher norte-americana que foi violada na Praia da Luz em setembro de 2005 por este suspeito. Um crime pelo qual Bruckner foi condenado a 7 anos e meio de prisão na Alemanha, em dezembro do ano passado, isto depois de a Polícia Judiciária ter enviado as informações sobre este crime à BKA, a polícia federal alemã.