Sociedade

Covid-19. Há dois mil enfermeiros em quarentena - e 363 infetados

Covid-19. Há dois mil enfermeiros em quarentena - e 363 infetados
TIAGO MIRANDA

Ordem dos Enfermeiros revela que mais de dois mil profissionais estão em casa em vigilância ativa sob suspeita de terem contraído a covid-19. E alerta que os enfermeiros continuam a não ser testados

É um número grande. Quase dois mil enfermeiros estão impedidos de prestar cuidados no Serviço Nacional de Saúde (SNS) depois de terem sido expostos ao novo coronavírus. Estão em quarentena sob vigilância ativa, adianta a Ordem dos Enfermeiros. Todos estiveram em contacto direto com doentes.

Segundo a Ordem, “os números resultam do inquérito lançado há uma semana, ao qual responderam 20771 enfermeiros, o que corresponde a cerca de 50% dos que trabalham no SNS”. E acrescenta, “de acordo com a amostra, há 363 infetados, um número ainda assim superior aos divulgados oficialmente”.

Numa missiva enviada, a Ordem alerta para “outro dado preocupante: os enfermeiros continuam a não ser testados, pondo em perigo a única linha de defesa à pandemia da covid-19" e isto “quando os profissionais de saúde deviam ter prioridade no acesso aos testes, seguindo as recomendações da OMS”.

Além dos 1984 enfermeiros em vigilância ativa, há ainda 1810 em vigilância passiva, sem realização de teste ou ainda a aguardar a análise. Entre os mais de 20 mil profissionais que participaram no inquérito da Ordem há 16 curados.

O Porto é o distrito mais afetado, com 114 enfermeiros infetados, seguido por Lisboa (72) e Coimbra (52). Mas, “já não há nenhum distrito sem enfermeiros infetados, pelo que urge testar os profissionais”.

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