Covid-19. Crianças sem outras doenças estão a chegar aos hospitais
As crianças também adoecem com gravidade. São poucas, mas as sequelas podem ficar para a vida. Reportagem na unidade de infecciologia do Hospital de Dona Estefânia, em Lisboa
As crianças também adoecem com gravidade. São poucas, mas as sequelas podem ficar para a vida. Reportagem na unidade de infecciologia do Hospital de Dona Estefânia, em Lisboa
Jornalista
Esta é a história que ainda estava por contar. É triste, mas tem música de fundo, aquela que todos os dias ecoa no corredor estreito com paredes coloridas com flores e animais, como os leõezinhos que jazem prostrados nas camas, só visíveis através de um vidro. São os bebés e as crianças a quem o bicho mau da pandemia fez um dói-dói profundo e que agora lutam ferozes para voltarem a casa. Esta é a história que conta que o novo coronavírus não atinge com gravidade apenas idosos. Há também crianças em perigo e chegam todas ao Hospital de Dona Estefânia, em Lisboa, a unidade de referência para a covid-19 grave em idade pediátrica.
As crianças têm uma vantagem: não sabem o que é isto. “Num dia destes, na Urgência, às duas da manhã entrou um doente muito grave e uma enfermeira abraçou a auxiliar. Zanguei-me, mas depois vim aqui para dentro e julguei-me: que doença horrorosa é esta que nem nos permite o toque para darmos apoio uns aos outros”, desabafa a responsável pela unidade de infecciologia, Maria João Brito.
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