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Há 19 focos de coronavírus em lares de idosos. Saiba onde

Retirada dos primeiros idosos do Lar de Vila Real
Retirada dos primeiros idosos do Lar de Vila Real
PEDRO SARMENTO COSTA/LUSA

Mais de 20% das vítimas mortais viviam em instituições. Distrito de Braga com mais casos

Há 19 focos de coronavírus em lares de idosos. Saiba onde

Raquel Moleiro

Jornalista

Alexandra descansa, por fim. Está em casa. Respira sem peso, aliviada. Por eles. Por ela. Por ele. Eles são os utentes do lar que dirige, a Residência Pratinha em Vila Nova de Famalicão. Os 33 idosos foram esta semana transferidos para o Hospital Militar do Porto, depois de oito funcionárias terem testado positivo à covid-19 e entrarem em quarentena obrigatória em casa. Numa instituição pequena e já no limite mínimo de pessoal, restaram três cuidadoras: ela, a proprietária e uma enfermeira. Aguentaram três dias sem ajuda, até que o cansaço dos turnos contínuos lhes subiu às goelas. Foi Alexandra quem se pôs em frente de uma câmara a gritar ajuda. Mas havia mais do que desespero na voz. Havia medo. Não por ela, mas por ele, o primeiro filho que lhe cresce na barriga.

“Não foi determinada a origem do contágio mas depois dos oito casos, mesmo com o acompanhamento da autoridade de saúde também ninguém foi testado. Estivemos lá de quinta a domingo sem saber quem era ou não era positivo, a alimentá-los, a fazer-lhes a higiene, a trocar fraldas, a vesti-los, a apoiá-los no andar. Nem sabíamos quem podia estar a contaminar quem. Nós a eles, eles a nós. Não sei dizer quantas vezes por dia lhes mediamos a temperatura. E a cada vez, quase que me faltava o ar, de pavor pela ânsia do resultado”, conta.

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