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Internet já é a melhor amiga dos nossos filhos. E depois?

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As crianças ficam online cada vez mais cedo, e já preferem smartphones e tablets à própria televisão. Os jovens portugueses começam pelos vídeos, chegam às redes sociais, mas não costumam explorar a web mais a fundo. E onde é que isto vai parar?

Internet já é a melhor amiga dos nossos filhos. E depois?

Carlos Esteves

Jornalista infográfico

O vídeo musical tem menos de três minutos e um refrão inesquecível. Chama-se ‘Bath Song’ — a ‘Música do Banho’ — e já foi reproduzido mais de 2,25 mil milhões de vezes no YouTube. É o vídeo mais visto do canal “CoCoMelon Nursery Rhymes & Kids Songs”, por sua vez o segundo canal do YouTube com mais subscrições e visualizações do mundo inteiro. Está à frente do canal “Ryan’s World”, um rapaz de oito anos que avalia brinquedos e que tem a atenção de 23,5 milhões de subscritores. “El Reino Infantil”, um grupo de canções infantis em espanhol, tem 29,5 milhões. Faz sentido os conteúdos direcionados às crianças terem este peso: em cada três utilizadores da internet, um é uma criança. E o YouTube é a maior porta de entrada, ao ponto de em 2015 ter sido criado o “YouTube Kids”, com conteúdos só para crianças até aos 12 anos.

“O primeiro contacto com a internet acontece quase sempre através de vídeos musicais e educativos”, diz ao Expresso Cristina Ponte, professora na FCSH da Universidade Nova de Lisboa e especialista em Crianças e Media. O objetivo é entreter mas também ensinar. “Dão mais atenção às componentes visuais e auditivas” na hora de escolher o conteúdo, e daí o gosto por desenhos animados: para 79% das crianças portuguesas entre os 3 e os 8 anos essa era a principal atividade online, segundo o estudo “Crescendo entre Ecrãs”, publicado em 2017. Só 8% das crianças inquiridas disseram “ler livros de histórias digitais” pela internet, mas 40% já admitiam procurar informação na web, e já 12% falavam com familiares e amigos por videochamada.

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