Submarino com cocaína intercetado na Galiza terá passado por Portugal

É a primeira vez que as autoridades da Galiza apreendem um submarino desta dimensão. Detidos dois equatorianos.
É a primeira vez que as autoridades da Galiza apreendem um submarino desta dimensão. Detidos dois equatorianos.
Jornalista
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Um submarino com três toneladas de cocaína atravessou a costa portuguesa antes de encalhar este domingo na Galiza, ao largo da praia de Cangas. Segundos os jornais galegos, as forças de segurança cercaram a zona e mergulhadores estão agora a avaliar a situação a bordo.
Após a interceção do narcosubmarino, terão sido detidos dois indivíduos de nacionalidade equatoriana e um terceiro está a ser procurado pelas autoridades.
Segundo o jornal Faro de Vigo, é a primeira vez que uma submarino transoceânico com um grande quantidade de droga é apreendido.
Já o jornal La Voz de Galicia, citando fontes da investigação, avança que o "narcosubmarino" terá mesmo partido de Portugal para fazer a descarga da droga em algum ponto junto à fronteira entre os dois países. Mas terá ficado sem combustível a meio da viagem.
De acordo com o El País, o submarino terá sido fabricado na Guiana Francesa e já operava entre a América do Sul e a Europa "há alguns anos".
As autoridades marítimas tentam rebocar para o porto de Cangas o submarino que permanece semi-submerso nas águas do estuário de Aldán desde as três horas da madrugada.
Na operação, estão envolvidos elementos dos Serviços de Vigilância Aduaneira (SVA), do Salvamento Marítimo e das unidade de Combate Crime Organizado da Polícia Nacional e da Guarda Civil.
Por enquanto, os agentes não conseguiram aceder ao interior do submarino, mas, segundo o Faro de Vigo, as autoridades acreditam que transportará uma carga de três toneladas de cocaína.
Os dois detidos de nacionalidade equatoriana trabalhavam em ligação com um grupo galego. O primeiro elemento foi detido na praia, o segundo quanto tentava escapar. Um terceiro elemento continua por localizar.
As forças antidroga da Galiza operam por terra e mar. Os barcos do Instituto Armado e do resgate marítimo escrutinam a costa em busca de qualquer nova evidência suspeita. A proximidade das rochas dificulta a aproximação dos barcos à costa.
Por sua vez, a Guarda Civil instalou vários controlos nas estradas que levam à península de Cangas para tentar localizar a pessoa e fuga.
As autoridades policiais seguiriam há três dias o rasto deste submarino pertencente a uma rede de narcotráfico que operava nas Rias Baixas e utilizam este tipo de dispositivos para introduzir a droga na Espanha.
Com 20 metros de comprimento, o submarino está equipado com tecnologia sofisticada que lhe concede um caráter transoceânico. As autoridades admitem que este tipo de transporte já terá sido utilizado para introduzir cocaína na costa da Galiza.
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