SNMMP recusa cancelar greve e acusa patrões de “terrorismo sindical”
A manutenção da greve “não faz sentido” neste momento, defende André Matias de Almeida, porta-voz dos patrões
A manutenção da greve “não faz sentido” neste momento, defende André Matias de Almeida, porta-voz dos patrões
Expresso
Apesar do processo de dissolução anunciado pelo Ministério Público, o Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) recusa cancelar a paralisação marcada para o período de 7 a 22 de setembro, avança o “Público” esta quinta-feira.
Segundo a Antram, as dúvidas que pairam sobre a legalidade da constituição do sindicato deixam os trabalhadores “numa situação perigosa”. A manutenção da greve “não faz sentido” neste momento, disse André Matias de Almeida, porta-voz dos patrões, em declarações ao jornal.
Em todo o caso, Francisco São Bento, presidente do SNMMP, garante que a estrutura não tem qualquer intenção de recusar na greve agendada. “É, no mínimo, insólito, o Ministério Público instaurar uma ação declarativa de Extinção de Associação Sindical, quer porque estamos em férias judiciais quer porque até hoje o SNMMP nunca foi notificado de qualquer irregularidade dos estatutos”, diz o representante sindical no comunicado de reação à notícia da ação do MP.
“É óbvio que estamos perante uma tentativa de acabar com o direito à greve e a liberdade sindical, recorrendo a todos os estratagemas possíveis, mas o SNMMP garante que os seus associados se manterão unidos contra este terrorismo sindical”, escreve.
Para o SNMMP esta “decisão do Ministério [Público] coloca em causa o Estado de Direito, violando um dos pilares da nossa democracia que é a da separação de poderes, nomeadamente entre o poder executivo e o poder judicial”.
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