Sete em cada dez portugueses já tiveram de alterar as suas rotinas de vida devido à persistência de dor - seja ela física ou psicológica, segundo os dados do último estudo realizado pela farmacêutica GlaxoSmithKline. Mais de 24 mil pessoas, em 24 países de todo o mundo, responderam ao inquérito, e em Portugal há alguns números a destacar: 97% dos inquiridos garantem ter experimentado pelo menos um episódio de dor em 2018, um valor acima da média mundial - 92%.
No âmbito das “dores” psicológicas, o mesmo estudo revela que 75% dos portugueses sofreram episódios de ansiedade e um em cada dois desses 75% não falou com ninguém sobre esses episódios. Analisando por género, as mulheres manifestam uma pior qualidade de vida quando atingidas por algum tipo de dor (72% contra 61%). Por faixa etária, a população que mais sofre tem idades compreendidas entre 35 e os 44 anos, sendo que três em cada quatro pessoas (75%) asseguram que a sua qualidade de vida diminui quando sentem dor.
Lidar frequentemente com a dor afeta principalmente a vida laboral. Nos 12 meses antes do estudo, os trabalhadores portugueses ausentaram-se do seu posto de trabalho, em média, 7 dias úteis. Para além disso, 23% reconhecem ter ido trabalhar com fraca produtividade, 27% dizem que, quando decidiram ir trabalhar, sofreram de défice de concentração e 37% foram para o emprego sem motivação.
Se não se resolver num curto espaço de tempo, a dor passa a fazer parte da vida das pessoas e, aos poucos, segundo as respostas dos portugueses a este estudo, reduz a sua capacidade de desfrutar da vida: 44% reconhecem que lhes custa estar feliz e 32% admitem que a sua autoestima diminui. Lutar pelos sonhos e manter ambições na vida torna-se uma tarefa árdua para 21% das pessoas que têm de lidar com a dor. Metade das pessoas que responderam diz ter dificuldade em dormir por causa da dor. Cerca de 70% veem comprometidas as suas capacidades para a prática de atividade física.
Sobre o recurso a ajuda clínica, 8 em cada 10 portugueses recorreram a consulta médica devido à dor e mais de metade considera que isso foi útil para o tratamento. A percentagem de pessoas que se dirige à farmácia ou a um farmacêutico (de forma não exclusiva) para obter aconselhamento ou tratamento para a dor, também é elevada (63,5%).
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