Sociedade

Casal acusado de matar mãe da arguida no Montijo sabe esta sexta-feira se vai a julgamento

Amélia Fialho, Diana Fialho e Iuri Mata (da esquerda para a direita)
Amélia Fialho, Diana Fialho e Iuri Mata (da esquerda para a direita)

A professora Amélia Fialho terá sido morta a 1 de setembro de 2018. Diana Fialho e Iuri Mata encontram-se em prisão preventiva desde 7 de setembro e estão acusados dos crimes de homicídio qualificado e de profanação de cadáver

O Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Barreiro decide esta sexta-feira se leva a julgamento Diana Fialho e Iuri Mata, casal acusado pelo Ministério Público de matar a mãe adotiva da arguida, no Montijo, em setembro de 2018.

Os arguidos requereram a abertura de instrução, fase facultativa em que um juiz de instrução criminal decide se o processo segue e em que moldes para julgamento, estando a leitura da decisão instrutória marcada para as 11h no TIC do Barreiro, a cargo de Carlos Delca, o mesmo juiz que está com o processo do ataque à Academia do Sporting, em Alcochete.

Os arguidos, que se encontram em prisão preventiva desde 7 de setembro do ano passado, estão acusados dos crimes de homicídio qualificado e de profanação de cadáver.

Segundo a acusação do Ministério Público (MP), os arguidos "gizaram um plano" que consistia em matar Amélia Fialho, mãe da arguida, pois a relação entre ambas "era marcada por discussões e desacatos constantes, por causa da relação amorosa entre os arguidos".

Foi no seguimento desse plano que, refere a acusação, em 1 de setembro de 2018, ao jantar, o casal colocou na bebida da vítima "fármacos que a puseram a dormir" e, de seguida, desferiu "vários golpes utilizando um martelo", que causaram a morte da professora.

Após o homicídio, conta o MP, os arguidos embrulharam o corpo da mãe adotiva de Diana Fialho, colocaram-no na bagageira de um carro e deslocaram-se até um terreno agrícola, no qual, com recurso a gasolina, "atearam fogo ao cadáver".

Foi em 7 de setembro de 2018 que a filha adotiva e o genro da vítima foram detidos e presentes a tribunal, o qual decretou a medida de coação de prisão preventiva. A arguida está no Estabelecimento Prisional de Tires enquanto o homem no do Montijo.

A vítima, de 59 anos e professora de Físico-Química na Escola Secundária Jorge Peixinho, no Montijo, foi encontrada morta a 5 de setembro de 2018, em Pegões, no concelho do Montijo, distrito de Setúbal.

O mau relacionamento familiar entre a vítima e os arguidos remontava, pelo menos, a 2014, ano em que a PSP do Montijo terá sido chamada a casa da família por alegadas agressões da filha adotiva à professora.

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