Entre as sete da tarde de ontem, domingo, até quase às 22h00, a fronteira de partidas do Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, esteve fechada, atrasando a partida de 17 voos. Esta situação aconteceu, segundo a gestora dos aeroportos, ANA, devido a um "erro de operação por parte da empresa de handling Groundforce", explicando que as partidas dos 17 voos sofreram atrasos "para não comprometer questões de segurança".
A ANA referiu em comunicado que numa operação efetuada pela Groundforce "foram incorretamente desembarcados alguns passageiros do voo TAP 1482 com origem em Dakar". Esta falha permitiria que os passageiros desembarcassem em Lisboa sem passarem ao controlo do SEF, mas isso acabou por ser evitado pelas autoridades portuguesas, que redirecionaram a saída dos referidos passageiros para a zona de controlo do SEF.
A ANA explicou no comunicado que "após detetar a situação, envolveu as autoridades competentes tendo sido de imediato implementadas medidas de segurança pela PSP e pelo SEF".
Assim, diz a ANA, "a PSP procedeu à evacuação da área e à verificação de segurança, tendo sido pedido ao SEF o encerramento temporário da fronteira de partidas".
"Todas os passageiros no local foram encaminhados para a sala de chegadas de controlo de passaportes", garante a ANA no comunicado.
Esta situação foi detetada pelas 19h10 tendo sido "totalmente normalizada às 21h54, altura em que foi reaberta a fronteira de partidas", adianta a ANA.
Foram exigidos à empresa "Groundforce todos os esclarecimentos relativos a esta situação", refere ainda o comunicado.
Contactadas pelo Expresso na noite do último domingo, fontes aeroportuárias referiram que o excesso de tráfego do Aeroporto Humberto Delgado tem causado situações deste tipo, que nem sempre são fáceis de controlar.
Quando a zona de controlo de passaportes não comunitários está lotada, torna-se difícil gerir o fluxo de saída de passageiros, pelo que, em alguns voos que chegam ao fim da tarde, muitas vezes há confusões no encaminhamento dos passageiros, explicaram as fontes.
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