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“Um sujeito que assassinou a esposa foi condenado a 7 anos de prisão, pena menor do que um palhaço contando piada”: entrevista a Leo Lins

“Um sujeito que assassinou a esposa foi condenado a 7 anos de prisão, pena menor do que um palhaço contando piada”: entrevista a Leo Lins

Enfrenta mais de oito anos de prisão por um espetáculo de humor que o tribunal considerou um crime contra a moralidade pública. Leo Lins, humorista brasileiro de 42 anos, esteve em Portugal e falou sobre o caso com o Expresso. Esperando ser “absolvido de tudo”, mantém: “Cumpri o meu papel. O humor não tem limite”

“Um sujeito que assassinou a esposa foi condenado a 7 anos de prisão, pena menor do que um palhaço contando piada”: entrevista a Leo Lins

Tiago Miranda

Fotojornalista

Quem vê os vídeos dos seus espetáculos pode não acreditar que Leo Lins é, na verdade, bastante low profile, tímido até. Que fala devagar e calmamente, mesmo que o tema da conversa seja uma espada de Dâmocles a pender-lhe sobre a cabeça. Não é para menos. Aos 42 anos, o humorista brasileiro foi condenado a mais de oito anos de prisão pelo conteúdo do espetáculo de stand-up “Perturbador”, que o tribunal considerou ofensivo para “um mínimo” de oito coletividades, entre as quais “pessoas idosas, gordas, portadores do vírus HIV, nordestinos, judeus, evangélicos, homossexuais, negros e indígenas”. O processo, movido pelo Ministério Público Federal do Brasil em 2023, acusa-o de “ofensa à moralidade pública” e propagação de discurso de ódio, e a sentença, anunciada a 4 de junho deste ano pela 3ª Vara Criminal de São Paulo, considera o facto de o show ter sido visualizado no YouTube por três milhões de pessoas como agravante.

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