Devido à pressão do wokismo e da cultura de cancelamento, há muita discussão sobre liberdade de expressão e liberdade artística. A discussão não faz sentido. A questão não deve ser colocada do lado do escritor, artista ou humorista, mas sim do lado do leitor e do público. A questão não é saber se o escritor tem o direito de ofender, mas sim se o leitor tem o direito de ficar ofendido ao ponto de exigir cancelamentos. Não, não tem. Não há um dever ou uma obrigação em demonstrar indignação virtuosa e puritana todos os dias perante um livro, uma estátua, um quadro, uma piada. Nós, no papel de leitores ou espectadores, não temos nenhum mandato em nome da Humanidade ou da virtude para cancelarmos aquele autor por esta ou aquela causa.
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