Exclusivo

+E

Israel e o mito do “exército mais moral do mundo”: como Telavive encobre a violência contra civis

Meninos observam o fumo resultante de um dos ataques de Israel em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, a 13 de maio deste ano
Meninos observam o fumo resultante de um dos ataques de Israel em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, a 13 de maio deste ano
AFP via Getty Images

Há décadas que o Governo israelita tenta passar a imagem de que as suas Forças Armadas seguem um código de conduta para evitar a morte de civis. Mas a realidade, contada por palestinianos e por um número crescente de soldados israelitas, é bem diferente. A brutalidade da operação militar em Gaza é mais uma prova de que o mito do “exército mais moral do mundo” é uma farsa. Em vez de se esforçar por evitar mortes desnecessárias, Telavive manipula as leis da guerra e a linguagem humanitária para encobrir a sua violência arbitrária contra civis

Durante três anos de serviço militar como sargento numa unidade de snipers no exército israelita, Avner Gvaryahu, de 39 anos, passou muito do seu tempo a invadir casas de palestinianos na Cisjordânia. Na maioria das vezes, as residências particulares eram usadas pelos atiradores de elite para proteger os movimentos de outros soldados israelitas. Noutras ocasiões, as casas de cidadãos palestinianos eram transformadas em postos militares temporários ou lugares de repouso para soldados. As invasões aconteciam geralmente a meio da noite e duravam o tempo que fosse preciso.

Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para continuar a ler

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate