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Do Japão para a Lousã, Kengo Kuma quer reinventar a serra portuguesa

O arquiteto japonês visitou o local e insiste em afirmar a vontade de tentar usar materiais como o xisto e a madeira
O arquiteto japonês visitou o local e insiste em afirmar a vontade de tentar usar materiais como o xisto e a madeira
Guilherme Fernandes

O arquiteto japonês Kengo Kuma, responsável pela intervenção no edifício do Centro de Arte Moderna da Fundação Gulbenkian, está a trabalhar num projeto de recuperação de três aldeias abandonadas na serra da Lousã, onde pretende criar um novo estilo de vida num ambiente tradicional

Do Japão para a Lousã, Kengo Kuma quer reinventar a serra portuguesa

Valdemar Cruz

Jornalista

O mítico regresso à natureza, em busca de uma idílica comunhão com o viver natural pode ter conquistado mais visibilidade mediática nos últimos tempos, mas está longe de constituir uma preocupação exclusiva dos dias de hoje, fruto de crescentes preocupações com a já inegável crise ambiental, os problemas de ansiedade e depressão decorrentes da intensidade da vida urbana, ou até como posicionamento crítico face à excessiva dependência de um incontrolável progresso tecnológico e digital. Ao longo dos tempos, inúmeros filósofos exploraram a ideia da harmonia com o natural. Nem é preciso recuar até os estoicos, para quem o bem viver estava diretamente associado a um comportamento de acordo com a natureza. Mais próximos de nós, podemos evocar Jean-Jacques Rousseau, Heidegger e sobretudo, entre outros, o filósofo e naturalista norte-americano Henry David Thoreau, e o seu o livro “Walden”, onde a partir de uma experiência pessoal elabora sobre a melhor forma de viver em harmonia com a natureza.

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