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Chiwetel Ejiofor: “A ficção científica é uma analogia sobre o presente”

Chiwetel Ejiofor: “A ficção científica é uma analogia sobre o presente”
Matthias Clamer/Contour by Getty Images

O ator britânico tem apenas 44 anos mas já é um veterano de Hollywood, onde “caiu” aos 19 escolhido por Spielberg. Agora podemos vê-lo a seguir as pisadas de David Bowie em “The MAn Who Fell To Earth”, série inspirada no filme de Nicolas Roeg de 1976

Chiwetel Ejiofor: “A ficção científica é uma analogia sobre o presente”

Markus Almeida

Jornalista

Numa sala de espera virtual onde jornalistas fazem tempo e assessores de imprensa controlam as entradas e saídas é dada uma informação importante: “Pronuncia-se Xua-tel Ei-ji-ofor”, avisa de forma séria alguém ligado à HBO Max, onde agora se estreou a série “The Man Who Fell To Earth”, que o britânico protagoniza. Chiwetel, hoje com 44 anos, tinha apenas 19 quando Steven Spielberg apadrinhou a sua estreia no grande ecrã e o escolheu para o elenco de “Amistad”. E a partir daí foi sempre a subir para o filho de imigrantes nigerianos que, em 25 anos de carreira, foi nomeado para os principais prémios da indústria e já filmou com nomes como Ridley Scott (“Perdido em Marte”), David Mamet (“Redbelt — Código de Honra”), Stephen Frears (“Estranhos de Passagem”), Spike Lee (“Infiltrado”) ou Steve McQueen (“12 Anos Escravo”). Já incursões pelo pequeno ecrã são mais pontuais, mas “The Man Who Fell To Earth” não é uma série qualquer. Serve de sequela ao clássico homónimo de Nicolas Roeg de 1976 — então com David Bowie no papel de alienígena recém-caído na Terra — e acompanha a chegada de um novo alienígena numa altura crucial para a evolução humana: terá de confrontar o seu próprio passado, relacionado com os eventos do filme, para determinar o futuro da Humanidade. À portuguesa Joana Ribeiro coube um pequeno mas interessante papel: o da especialista em sinais da CIA Lisa Dominguez.

O seu papel tem um lado humorístico, meio nonsense, onde ainda não o tínhamos visto. Por outro lado, nunca representou um alienígena a tentar adaptar-se à vida na Terra...

A minha abordagem difere sempre ligeiramente de papel para papel. Passo algum tempo a tentar perceber a melhor maneira de me preparar. E aqui, para este papel de Faraday, tive de procurar entender como contar esta história e como me relacionar com a personagem. Para isso passei algum tempo a trabalhar com o Alex Kurtzman e a Jenny Lumet, a conversar sobre a visão deles e sobre o que procuravam alcançar quando criaram esta personagem. Até certo ponto, só conseguimos interpretar o nosso próprio extraterrestre.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt

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