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10 anos da montanha-russa de um jovem casal em 10 episódios: “Anos Novos” prova que os millennials também dão boa ficção

Óscar (Francesco Carril) e Ana (Iria del Río) conhecem-se numa passagem de ano
Óscar (Francesco Carril) e Ana (Iria del Río) conhecem-se numa passagem de ano

“Anos Novos” estreou-se no IndieLisboa e chega agora à televisão. Em 10 episódios, 10 anos da montanha-russa de um jovem casal são filmados, escritos e interpretados tão naturalmente que se estranha. “Anos Novos” vai nesse caminho, mas sem pressa, sem ansiar pela publicação bem ornamentada nas redes sociais.

Se há história que não fica velha para a maior parte das pessoas é a de um casal. Discussões, lágrimas e bebés (ou não). A vida acontece e tanto dá boa ficção como foleirices narrativas que gastam uma caixa de lenços. Tão simples quanto isto: “Anos Novos”, criação francesa e espanhola de Sara Cano, Paula Fabra e Rodrigo Sorogoyen, dá-nos a conhecer uma relação entre dois jovens de 30 anos, que se conhecem após uma longa passagem de ano. São 10 episódios ao longo de 10 anos, a partir de 2015, onde o dia 31 de dezembro se revela sempre como ponto de mudança neste par. Uma série que tinha todos os ingredientes para parecer terapia barata e melancólica, mas que se torna uma das melhores na missão de olhar para a geração millennial sem a tentar domesticar, encaixar ou moralizar. A vida acontece-lhes sem pepitas de romance popular, a banda sonora não empurra o espectador para a comoção, somos convidados a apreciar um nível de intimidade entre Ana (Iria del Río) e Óscar (Francesco Carril) que só podia acontecer no pequeno ecrã graças a cabeças que pensam numa série como quem pensa em cinema. “Anos Novos” estreou todos os episódios no TV Cine+ e vai ter exibição semanal a partir de dia 19 no TV Cine Edition.

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