“Succession”, ou baralhar e voltar a dar como se nada fosse: HBO Max estreia a quarta e última temporada da série

Como todas as famílias que se recomendam - até porque o streaming não tem a menor pachorra para as outras – os novaiorquinos e muitíssimo ricos Roy são tarados, esquizofrénicos, odiosos, mal comidos, e só não se arrancam os olhos ali mesmo e sem anestesia porque uma sangria dessa ordem traria cosméticas horrorosas às festas de aniversário que nenhum deles quer perder.
Ora aí está a quarta temporada dos magnatas da Waystar RoyCo, o império mediático que, 39 episódios volvidos, continua a ser liderado pelo velho Logan, a criatura a que Brian Cox teima em dar vida - talvez de tanto lhe desejarem a morte. Normalmente, por falar em aniversários, é ele quem os festeja. Durante a festa, que os convidas frequentam como um lutador atirado à força para o octógono, dão-se facadas e não são poucas. Só que as facas aqui são negócios da China, transações copiosas e comandadas pelos telemóveis, coisas de milhares de milhões, que esta gente não se dá bem com misérias de poucos zeros – este exagero sempre deu a “Succession”, pelo menos para estes olhos, um ar farsolas que Jesse Armstrong soube temperar desde o primeiro instante.
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