No prefácio da biografia que o maestro Hogwood dedicou a Handel, lê-se a expressão utilizada por Liszt para tentar refrear o excesso de entusiasmo dos handelianos no século XIX: não se pode passar a vida a fazer panegíricos a Handel, tal como não se pode estar constantemente a elogiar Homero. Decerto William Christie (EUA, 1944) discordará da posição de Liszt. Perante uma Sala dos Cisnes do Palácio Nacional de Sintra esgotada, o maestro e cravista dirigiu no Festival de Sintra — que decorre até domingo — um programa handeliano de 95 minutos com sonatas e cantatas interpretadas por cinco instrumentistas de Les Arts Florissants e pelo dueto de luxo formado pela israelita Shakèd Bar (mezzo-soprano) e Ana Vieira Leite (soprano).
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