
A rádio pode, hoje em dia, ser muito diferente daquilo que era há décadas. Já Ana Bacalhau mantém-se a mesma: a voz não se perdeu para o tempo, o gosto por um certo tradicionalismo sonoro português também não, ainda que modernizado
A rádio pode, hoje em dia, ser muito diferente daquilo que era há décadas. Já Ana Bacalhau mantém-se a mesma: a voz não se perdeu para o tempo, o gosto por um certo tradicionalismo sonoro português também não, ainda que modernizado
Jornalista
Costumava ser um passatempo diário, até que a televisão e a internet vieram deixá-lo para segundo plano: colocavam-se as pilhas ou ligava-se a coisa à tomada, puxava-se o botão para o on, estendia-se a antena e rodava-se outro botão até posicionar aquela tira preta, branca ou lilás na frequência desejada, tentando apaziguar ou ignorar qualquer estática que pudesse interferir com a fruição plena do som. A rádio hoje tem mais concorrentes diretos, mas ainda é amada. A prova disso é “Mundo Antena”, terceiro álbum a solo de Ana Bacalhau, uma carta de amor ao meio, num pano de fundo nostálgico em que a memória puxa pelos momentos em que famílias ou indivíduos se sentavam à volta do recetor para ouvir música, histórias ou relatos de futebol.
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