A culpa foi dos críticos. E, neste caso, daqueles já longínquos dos séculos XVII/XVIII que, quando confrontados com criações musicais menos conformes às regras da época, as recusaram e procuraram desacreditar. O primeiro terá sido o anónimo que, no “Mercure de France” de maio de 1734, se queixava de, na ópera “Hippolyte et Aricie”, de Rameau, a única novidade ser “du barocque”, isto é, a “ausência de melodias coerentes, as dissonâncias constantes, e as frequentes mudanças de tonalidade e compasso”.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt