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Aos 76 anos, Linda Thompson apresenta “Proxy Music”: não é só um trocadilho, é mesmo um disco feito por procuração

Linda Thompson, 76 anos, ao quinto álbum a solo
Linda Thompson, 76 anos, ao quinto álbum a solo
Tom Holdham

Sob as mais duras adversidades, a imaginação e o sentido de humor podem fazer milagres. Selecionando um grupo de intérpretes — família próxima e amigos — que, por procuração (em inglês, “by proxy”), interpreta as suas canções, Linda Thompson apresenta “Proxy Music”

Ex-aluno de Richard Hamilton, pioneiro britânico da pop art, na universidade de Newcastle, Bryan Ferry sentia muito pouca afinidade com a austeridade visual da estética prog no início da década de 70. O que o fazia vibrar era a sofisticação, a sensualidade e o brilho das estrelas de Hollywood das décadas anteriores, acima de todas, Rita Hayworth. Por isso, quando, em 1972, chegou o momento da gravação e publicação do primeiro álbum dos Roxy Music (nome de sala de cinema escolhido pela ressonância de ‘faded glamour’) a responsabilidade pela imagem da capa do LP recairia sobre Karl Stoecker — fotógrafo norte-americano inspirado pelas inúmeras ilustrações de pin-ups de Alberto Vargas para a “Esquire” — e sobre a série de imagens que realizara com a modelo de origem norueguesa, Kari-Ann Muller. Vestida pelo estilista Anthony Price que, confessava desejar vê-la, estirada sobre cetins, “como um gelado napolitano” azul, cor-de-rosa e branco, de sombra azul carregado nas pálpebras, seria, desde então, um dos exemplos clássicos — embora não exatamente justo — do triunfo do estilo sobre a substância.

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