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Música

Na montanha mágica de Marvão, a música é energia que se liberta

32 espetáculos distribuídos por vários locais de Marvão e suas cercanias
32 espetáculos distribuídos por vários locais de Marvão e suas cercanias
paulo gouveia

Regressa o Festival Internacional de Música de Marvão, com vários espetáculos até dia 31. Espere-se obras de Piazzolla e a presença de várias orquestras

Ana Rocha

Como um microcosmos de música e de artes plásticas reunido numa ‘Montanha Mágica’ remota, neste caso, no cume da serra de São Mamede, arranca no dia 22 de julho a oitava edição do Festival Internacional de Música de Marvão (FIMM) com a gala inaugural no pátio do castelo medieval de Marvão, ocasião para a Orquestra de Câmara de Colónia interpretar obras de Mozart e de Astor Piazzolla sob a direção do maestro alemão Christoph Poppen.

Uma plêiade de músicos de alto nível está convocada para esta edição, como são os casos do clarinetista Horácio Ferreira (dia 23), do violetista Michael Barenboim (dias 23 e 24) e do acordeonista João Barradas (dias 23 e 24), entre muitos outros. A natureza com a sua vegetação, bem como o panorama envolvente das serranias alentejanas surgiram como os elementos de uma ‘montanha mágica’ portuguesa situada no Alto Alentejo, naquela que foi a vila morta e despovoada de Marvão e que se transformou num local vivo e florescente durante as sete edições do FIMM, o evento cultural descentralizador criado em 2014 por iniciativa de Christoph Poppen. Com a sua vida vegetal, animal e mineral, a própria paisagem alentejana começou a ser integrada em relações diversas estabelecidas entre a população de Marvão, de Castelo de Vide e de Portalegre e os músicos, artistas, gestores de eventos, jornalistas, mediadores culturais, veraneantes, melómanos, curiosos e profissionais de turismo que passaram a frequentar a região. A extraordinária energia que liberta o evento anual deste festival descentralizador tem cativado milhares de veraneantes dos dois lados da fronteira para assistir aos concertos e, antes dos dois anos da pandemia, os números davam conta de 50 mil visitantes a frequentar os espetáculos em Marvão e arredores, um vasto público atraído pela magia irresistível do castelo medieval e das ruínas da cidade romana de Ammaia, o local que este ano acolhe no dia 30 a Orquestra XXI dirigida por Dinis Sousa.

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