
A jornalista Betina Anton investigou os anos passados no Brasil pelo temível Josef Mengele. O resultado chama-se “Baviera Tropical”
A jornalista Betina Anton investigou os anos passados no Brasil pelo temível Josef Mengele. O resultado chama-se “Baviera Tropical”
Jornalista
No início dos anos 80 era frequente encontrar na imprensa internacional, americana e não só, artigos sobre o rasto de Josef Mengele, o sinistro médico de Auschwitz, notabilizado pelo seu papel na seleção dos recém-chegados que iam para as câmaras de gás e por experiências médicas de extraordinário sadismo. “O que realmente lhe interessava eram os gémeos, disponíveis em grande quantidade no acampamento cigano. Ironicamente, antes de chegar a Auschwitz, nunca tinha publicado nenhum estudo sobre gémeos”, explica a jornalista brasileira Betina Anton neste livro. “Em tempos de paz, era difícil encontrar mães dispostas a deixar os filhos gémeos participar em pesquisas médicas que poderiam provocar dores ou sequelas. De repente, em Auschwitz, surgiu uma grande oportunidade para Mengele se aventurar nesse método de pesquisa sem nenhuma restrição legal ou moral.” Um dos obstáculos à investigação que se esvaíram de repente foi o de encontrar pares de gémeos falecidos exatamente ao mesmo tempo. Mengele encarregava-se de produzir esse material, muitas vezes depois de agraciar as crianças com um sorriso simpático e um rebuçado.
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