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Cinema

O que nos ensina “Verdades Difíceis”, o novo filme do imprescindível Mike Leigh: a antipatia humana é tão verdadeira como a simpatia

Marianne Jean-Baptiste (sentada) e Michelle Austin (em pé) são as irmãs Pansy e Chantelle
Marianne Jean-Baptiste (sentada) e Michelle Austin (em pé) são as irmãs Pansy e Chantelle

“Verdades Difíceis” é um filme teimoso, fora das correntes, que não quer agradar ao espectador de forma fácil — e é isso que o torna saborosamente maldito

Um veterano zangado a fazer cinema zangado. O realismo ‘angry’ de Mike Leigh está mais azedo. Um azedume perto, muito próximo da personagem que domina este “Verdades Difíceis”, uma senhora londrina chamada Pansy, uma dona de casa perto dos 60 a contas com uma depressão funda. O filme esteve em competição no Festival de San Sebastián e, surpreendentemente, ficou de fora de um palmarés que foi mais simpático para um outro tipo de realismo: ouro para o espanhol Albert Serra com “Tardes de Solidão” e a concha de melhor realização para o estupendo “On Falling”, da portuguesa Laura Carreira. Consta até que Cannes e Veneza terão preferido passar ao lado desta comédia muito dramática.

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