António-Pedro Vasconcelos tinha 33 quando foi parafrasear aquela frase de Paul Nizan (“eu tinha acabado de fazer vinte anos e não deixarei que ninguém diga que é a mais bela idade da nossa vida”) e realizou “Perdido Por Cem”. Paulo Rocha tinha 28 quando fez “Os Verdes Anos”. João Rosas tem 43 e estreia-se agora na longa-metragem de ficção também com um filme a medir as dores da passagem à idade adulta. É bem verdade que Portugal não tem condições para que um Eisenstein faça “O Couraçado Potemkine” com 27, Spielberg realize “Tubarão” com 27 ou Orson Welles consiga “O Mundo a seus Pés” com 26. Também não tem, nem nunca teve, claro, um cineasta desse calibre.
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