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“Megalopolis”, a ousadia e o luxo de Francis Ford Coppola: mas afinal que filme é este?

“Megalopolis”, a ousadia e o luxo de Francis Ford Coppola: mas afinal que filme é este?

Depois de décadas de maturação, ele aí está: audaz, insolente, provocador, desmesurado. “Megalopolis”, de Francis Ford Coppola, é um filme a deixar toda a gente perplexa. Nada mau…

“Megalopolis”, a ousadia e o luxo de Francis Ford Coppola: mas afinal que filme é este?

Jorge Leitão Ramos

Crítico de Cinema

No princípio, César Catilina (Adam Driver) está no topo do Chrysler Building, em Manhattan, prestes a inclinar-se para o vazio, só pode ser suicídio. E, de repente, algo de mágico acontece. Algo que só no cinema pode ocorrer, e apenas se o virmos como um lugar de poesia. O tom de “Megalopolis” está definido — desafia a lógica, o previsível e o já visto. Depois disso, nenhum espectador pode esperar realismo ou qualquer coisa dessa natureza. Sopram ventos onde se mescla uma carga cultural que vai de Suetónio a Godard, tudo em nome de uma fé inabalável na espécie humana. Francis Ford Coppola volta a desafiar as regras do cinema, os usos do comércio de filmes e as expectativas do público. O gesto é de se lhe tirar o chapéu.

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