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Cinema: “Joker” dança sobre o caos num tipo de musical nunca visto

Cinema: “Joker” dança sobre o caos num tipo de musical nunca visto

Joker encontra Lady Gaga num musical trágico, pungente, formalmente revolucionário. “Joker: Loucura a Dois” é um dos grandes filmes do ano, a mostrar que o cinema americano continua a saber como eles se fazem. Estreia-se nas salas de cinema portuguesas a 3 de outubro

Cinema: “Joker” dança sobre o caos num tipo de musical nunca visto

Jorge Leitão Ramos

Crítico de Cinema

Arthur Fleck, a quem chamaram Joker, está preso em Arkham, fortemente medicado, e já não se ri. Nem como sintoma da doença mental, nem das piadas, nem de coisa alguma. Severamente maltratado pelos guardas, esquálido e taciturno, à espera de julgamento, é outra vez um pobre diabo solitário, ensimesmado, triste, abusado. Até que um dia descobre, na ala feminina do manicómio-prisão, a meio de uma sessão de terapia pela música, uma mulher loira que se lembra do que o Joker fez e o admira. Ela chama-se Harley Quinn, e os fanáticos do universo DC Comics irão identificá-la. Mas ninguém se iluda — nem ela nem o Joker são os personagens da banda desenhada. Ela é uma mulher inclemente e calculista, com vontade de acordar o monstro sepultado numa caterva de sedativos; ele, o ingénuo Arthur, deixa-se embriagar e conduzir, confundido numa teia perversa. Ele está apaixonado por Harley, ela não quer o tremelicante Arthur para nada, quer o Joker.

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