Cada soldado foi um herói. Esta frase é dita a propósito das tropas que desembarcaram nas praias da Normandia, na madrugada de 6 de junho de 1944. No Dia D, termo por que ficou conhecida a data, 150 mil jovens de cinco exércitos diferentes (dois americanos, dois britânicos e um canadiano) enfrentaram o fogo cerrado alemão, e mais de 10 mil perderam a vida. Os sobreviventes iniciaram a libertação da Europa ocidental, que seria um esforço longo. Mesmo Paris só cairia a 24 de agosto. A Operação Overlord — nome oficial da invasão — foi dirigida pelo general norte-americano Dwight Eisenhower, em articulação com os comandantes dos exércitos envolvidos. O historiador britânico Giles Milton, autor do recente livro “Dia D — A História dos Soldados” (Vogais), fala de uma vitória pessoal do primeiro-ministro britânico Winston Churchill, em mais do que um sentido. “Desde o início, Churchill percebeu que ia ser absolutamente essencial os aliados ocidentais libertarem o continente europeu”, diz ao Expresso. “Todos os seus esforços se concentraram nisso. A partir de 1941, quando o programa Lend Lease entrou em vigor, homens e armamento chegavam ao Reino Unido, e ele viu que era preciso lançar a chamada segunda frente da libertação de França e do resto da Europa.”
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