Passaram mais de duas décadas sobre a publicação de “Persépolis” (Bertrand, 2015), a banda desenhada que fez da iraniana Marjane Satrapi uma autora internacionalmente reconhecida e que deu ao mundo a possibilidade de conhecer o Irão sem os limites impostos pelos discursos oficiais do regime. Agora, um ano depois do assassínio da jovem iraniana Mahsa Amini pela “polícia dos costumes”, acusada de não usar o hijab de forma adequada, Marjane Satrapi reuniu um grupo que inclui o historiador Abbas Milani, o politólogo Farid Vahid, o jornalista Jean-Pierre Perrin e 17 ilustradores e autores de banda desenhada de diversos países. O resultado foi o livro “Mulher, Vida, Liberdade” (ed. Iguana), publicado com o objetivo de mostrar ao mundo que a juventude iraniana está disposta a lutar por uma mudança. As edições têm-se sucedido em dezenas de países e os autores disponibilizaram uma versão digital gratuita em farsi, para que o eco destas páginas não deixe de chegar ao Irão.
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