Estava escrito que um dia o nerd mais conhecido do mundo haveria de passar o testemunho ao geek mais poderoso do mundo. E esse dia aconteceu a 13 de janeiro de 2000. A data já prenunciava uma nova era, mas naqueles anos nenhuma outra empresa estava em posição de ditar o que poderia ser uma nova era como a Microsoft. O grande Bill Gates acabou por não seguir o comentário que a internet lhe atribui quando aconselhou os mais jovens a serem simpáticos com os nerds porque um dia poderiam vir a trabalhar para eles, e lá entregou as rédeas a Steve Ballmer, o nº 2 na hierarquia e o nº 30 na ordem de contratação, que não podia ser nerd por não ter tantos conhecimentos técnicos, mas era um magnífico exemplar de geek devido ao comportamento fora de padrão e ao ávido consumo de novidades. Os rótulos preconceituosos já pouco valiam na época e nada poderia parar a Microsoft. Até que, pouco depois, a Apple lançou um telemóvel.
Ballmer não saiu do top 10 dos mais ricos do mundo (é o 5º atualmente), onde permanece perto de Gates (que é o 4º), mas teve de zarpar para a reforma por uma porta menor e seguir um desafio imprevisível, na NBA, com a compra da equipa de basquetebol dos LA Clippers, por dois mil milhões de dólares, em 2014. E não faltou quem lembrasse que o valor era cinco vezes superior às receitas anuais da marca. “Não há stresse a gerir uma equipa de basquetebol, exceto a vontade de ganhar”, respondeu Ballmer à Bloomberg, quatro anos depois da compra.
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