A Revista do Expresso

“Putin viu a queda do Muro de Berlim como uma catástrofe geopolítica”: Anne Applebaum, a “sovietologista”, numa grande entrevista

17 setembro 2022 10:09

Cristina Peres

Cristina Peres

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Jornalista de Internacional

Tiago Pereira Santos

Tiago Pereira Santos

edição

Design, Ilustração, Fotografia e Vídeo

Ana Baião

Ana Baião

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Fotojornalista

É uma das vozes mais solicitadas para analisar as mudanças políticas do presente. O profundo conhecimento que tem do Leste europeu e da mentalidade nascida do sentimento de perda pós-soviética já lhe valeram o rótulo de “sovietologista”. Especialista em Estados autoritários, avisa que se acredite no que Orbán diz porque é o que vai mesmo fazer. Tal como dissera que Putin já desde 2007 revelava as suas intenções

17 setembro 2022 10:09

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Tiago Pereira Santos

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Ana Baião

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Compreender Vladimir Putin obriga-nos a recuar ao acontecimento que mais abalou a sua vida, diz Anne Applebaum perante o auditório das Conferências do Estoril, nas quais protagonizou o painel “Lutando contra o populismo” no dia 2 de setembro. O pensamento dela reúne o melhor dos pontos de vista dos dois lados do Atlântico: americana a viver há décadas na Europa de Leste, na Polónia, divide-se entre a escrita de artigos de investigação para a revista “The Atlantic”, a resposta rápida aos acontecimentos da realidade na versão online daquela compilados na secção “Latest” e a investigação histórica, que transforma em produção de livros traduzidos numa pluralidade de línguas. Pelo meio, Anne leva este corpo de conhecimento fundamental para a leitura das tensões políticas do presente a um sem número de conferências, palestras, colóquios e comentários em diversos media e plataformas, solicitada que é em múltiplas geografias para agilizar a sua reflexão perante a pluralidade das interrogações.

“O ponto mais importante para compreender Putin é pensar qual foi o acontecimento que mais abalou a sua vida”, diz para explicar de seguida: “Foi a experiência de ser agente do KGB em Dresden, na Alemanha Oriental, em 1989. Trabalhava diretamente com a Stasi [polícia política da República Democrática Alemã] como parte da ocupação da Alemanha Oriental e a experiência de ver ruir o Muro de Berlim a partir dessa perspetiva fê-lo querer voltar a mudar o rumo da história.”

Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.