“Associações, sindicatos, partidos/ As classes dominantes têm horror aos coletivos”.
[Este texto começou a ser escrito quando ainda não se sabia que Marcelo Rebelo de Sousa tinha testado positivo à covid-19 e as campanhas não tinham entrado em frenesim, sem perceber se têm, sequer, condições para continuar. Por esta hora, tudo parecia correr como planeado e a campanha de João Ferreira seguia imperturbável].
O refrão contagiante era cantado e repetido pelo músico Luís Varatojo (Peste & Sida), que, no seu projeto Luta Livre, aposta na música da intervenção. À frente dele, uma plateia de músicos, cineastas, escritores e atores (Maria João Luís abriu a sessão) entusiasmava-se e começava a repetir as palavras, cada vez mais alto, com palmas à mistura. Na primeira fila, juntava-se a eles uma figura menos provável: João Ferreira, candidato presidencial apoiado pelo PCP, que por baixo da máscara acompanhava e repetia o refrão de Varatojo. (“O que faz falta é animar a malta”, concluiria o músico, aplaudido com entusiasmo).
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