“Boa sorte para o PSD e para o PS”, despediu-se André Ventura no fim da cerimónia, porque não era para ter aparecido no Palácio da Ajuda, e assistir à tomada de posse do primeiro-ministro Luís Montenegro e do novo Governo. Porém, estando presente, e com a ausência do líder socialista Pedro Nuno Santos, ocupou o vácuo no espaço político deste fim de tarde, para se colocar na posição de verdadeiro líder da oposição. Objetivo? Voltar a empurrar o PSD para os braços do PS, depois de um apelo do primeiro-ministro aos socialistas – e não ao Chega – para viabilizar o Governo até ao fim da legislatura.
Uma semana depois da turbulência causada pelo bloqueio à eleição do presidente da Assembleia da República – em que forçou o PSD a procurar o apoio do PS –, o líder do Chega passou a um registo mais positivo. Ou irónico. Mesmo depois de ter ouvido Marcelo Rebelo de Sousa louvar a vitória dos moderados contra os radicais no “hemisfério” da direita, André Ventura elogiou o discurso do Presidente da República, mas também o do primeiro-ministro: “Acho que teve um discurso positivo”, afirmou aos jornalistas no fim da cerimónia de posse.
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