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Governo mostrou alguma “abertura”, mas insistiu que a base do OE está feita e não pode ser “desvirtuada”

Governo mostrou alguma “abertura”, mas insistiu que a base do OE está feita e não pode ser “desvirtuada”
José Fernandes

Nas reuniões com os partidos, ministros não mostraram números e levavam na manga as “dificuldades” que os empréstimos do PRR podem ter para as contas do ano seguinte. Governo sem grande abertura para mexer nas “traves-mestras” do IRS jovem e IRC, mas admite incorporar medidas da oposição

Sete reuniões depois, o Orçamento do Estado (OE) não ficou nem mais perto nem mais longe de vir a ser aprovado, mas pelo menos o clima não crispou com os principais partidos que podem garantir a aprovação, PS e Chega. Os dois partidos saíram com uma sensação de “abertura” suficiente para ter “esperança” nas negociações que só agora começaram (vem aí uma maratona), ainda que o Governo tenha dado uma garantia: não quer abdicar das linhas-mestras do programa de Governo, sobretudo IRC e IRS Jovem. Para esfriar expectativas, os ministros apresentaram uma eventual dificuldade financeira: as verbas usadas ao abrigo dos empréstimos do Plano de Recuperação e Resiliência encurtam a margem que o Governo terá, sem que os partidos tenham ficado a saber qual é.

Os responsáveis que se reuniram com o Governo, todos menos os de PSD e CDS, saíram ou com a garantia de que vão rejeitar o documento (o PCP avisou que nem vale a pena perder tempo) ou sem certezas em relação à hipótese de o Governo acomodar propostas da oposição.

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