
Na mesma semana, o ministro foi desautorizado pelo PS, viu o diretor executivo do SNS entrar em dessintonia e foi criticado por ex-governante. Esta sexta-feira tem negociações decisivas
Na mesma semana, o ministro foi desautorizado pelo PS, viu o diretor executivo do SNS entrar em dessintonia e foi criticado por ex-governante. Esta sexta-feira tem negociações decisivas
Coordenadora de Política
Jornalista
Por estes dias, o cargo de ministro da Saúde é o mais quente do Governo. Na semana antes da derradeira tentativa para chegar a acordo com os médicos e evitar um novembro “dramático” — aviso do CEO do SNS, Fernando Araújo — , o ministro da Saúde viu a sua posição política e negocial ficar enfraquecida por dentro e por vários lados. Manuel Pizarro entra para as conversas com os médicos hoje, questionado por todos, mas seguro no Governo por um primeiro-ministro que permanece em silêncio.
Nas últimas semanas, depois de meses de negociações, o ministro da Saúde puxou a Ordem dos Médicos para a mesa de negociações, na tentativa de desbloquear as difíceis conversas sindicais e apresentou três propostas que são minadas pelo próprio PS: primeiro, acordou com a Ordem dos Médicos que esta manteria o poder para decidir sobre as vagas de formação nas especialidades médicas; depois, apresentou ao bastonário a proposta de redução do horário de trabalho médico para as 35 horas semanais e, por fim, a Direção-Executiva do SNS propôs que os utentes que não sejam previamente referenciados deixem de poder ser assistidos nas urgências hospitalares. Cada um dos três pontos mereceu reparos públicos, mais ou menos sonoros.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: lvalente@expresso.impresa.pt