Duarte Cordeiro: "No Governo não há nenhum problema com as declarações" de Adão e Silva

Ministro do Ambiente e Acção Climática assume que “não é fácil quando num Governo saem 13 pessoas”.
Ministro do Ambiente e Acção Climática assume que “não é fácil quando num Governo saem 13 pessoas”.
Coordenadora de Política
Um ministro mais político ao lado de dois outros que têm estado a ser colocados em causa. Duarte Cordeiro esteve esta noite na “Town Hall” da CNN, com João Galamba e Maria do Céu Antunes, para defender a ideia que o Governo está a trabalhar nos “problemas das pessoas” e “bastante unido e coeso”. União que se estende ao ministro da Cultura, que esta semana foi alvo da oposição e até do PS por ter criticado a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) à Gestão da TAP. “No Governo não há nenhum problema com as declarações do colega”, respondeu.
Duarte Cordeiro foi mais longe, disse mesmo que “não há português que não considere que não tenha havido exageros na forma como a comissão de inquérito funcionou”, dando como exemplo as audições que “demoram a noite inteira”. “Não precisamos disso na nossa democracia”, disse.
Numa semana em que Pedro Adão e Silva tem estado debaixo de fogo por ter criticado o funcionamento da CPI, nomeadamente por ter dito que houve situações que contribuíram para a degradação da função política, o ministro do Ambiente saiu em sua defesa: “Ninguém põe em causa o trabalho, esforço e boa-vontade” dos deputados. “Não li desrespeito à CPI e nem aos deputados. Não devemos ficar demasiado sensíveis”, referiu, defendendo que devemos “viver com naturalidade” as divergências.
Sobre este assunto, Duarte Cordeiro apoiou ainda as declarações de Pedro Adão e Silva no sentido de poderem ter opinião. “Subscrevo aquilo que disse no que diz em relação aos ministros poderem expressar opinião”.
Numa parte da entrevista a três, onde esteve com João Galamba, ministro das Infraestruturas, e Maria do Céu Antunes, ministra da Agricultura, Duarte Cordeiro acabou por assumir que apesar de o Governo estar “bastante unido e coeso” depois de um ano “particularmente exigente”, “não é fácil quando num Governo saem 13 pessoas”. Isso, disse, trouxe “problemas acrescidos”.
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