Governo

Costa responde a Marcelo: programa Mais Habitação já tem medidas fiscais

Marcelo e Costa nas cerimónias do 5 de outubro. Horas depois, ambos saudaram inclusão da Ucrânia na candidatura ibérica ao Mundial 2030
Marcelo e Costa nas cerimónias do 5 de outubro. Horas depois, ambos saudaram inclusão da Ucrânia na candidatura ibérica ao Mundial 2030
TIAGO MIRANDA

Presidente promulgou primeiras medidas do pacote do Governo, mas na nota lamentou que não existam medidas mais alargadas, nomeadamente por via fiscal

A habitação, mais concretamente o programa Mais Habitação, aprovado pelo Governo a 16 de fevereiro, continua no centro do debate político e esta terça-feira até motiva trocas de recados públicos entre Presidente da República e primeiro-ministro. Ao início da noite, Marcelo promulgou uma parte do programa com uma nota em que lamenta que não tenha “medidas mais alargadas, designadamente por via fiscal”. Antes da meia-noite, o primeiro-ministro respondeu: o programa tem medidas fiscais, mas essas fazem parte dos diplomas ainda em discussão pública e que têm de passar pelo Parlamento.

Este Programa contém diversas medidas fiscais que o Governo submeterá à Assembleia da República, que, nos termos da Constituição, tem competência exclusiva para legislar sobre esta matéria, tendo em vista a criação de incentivos fiscais ao arrendamento acessível, a diminuição da tributação em IRS para os senhorios e o desagravamento da taxa de IVA para a construção e reabilitação de imóveis destinados ao arrendamento, entre outros incentivos fiscais”, responde Costa numa nota divulgada pelo seu gabinete.

A mesma nota dá conta de que o primeiro-ministro já “referendou” (assinatura do chefe do Governo depois da promulgação necessária para a publicação em Diário da República) o decreto-lei que Marcelo umas horas antes tinha promulgado. O decreto pronto a ser publicado, lembra a nota, “apoia as famílias no pagamento de rendas e prestações de crédito à habitação”.


As medidas promulgadas pelo Presidente “são as primeiras medidas do “Programa + Habitação”, que está em discussão pública desde 16 de fevereiro”, salienta ainda a nota do primeiro-ministro. Na sua nota, o Presidente tinha justificado a promulgação por se tratar de “medidas necessárias e urgentes de apoio às famílias, face ao agravamento da situação económica e social”.

As medidas mais polémicas do programa Mais Habitação, como o arrendamento coercivo, estão ainda em discussão pública e só devem voltar a Conselho de Ministros no dia 30.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: elourenco@expresso.impresa.pt

Comentários

Assine e junte-se ao novo fórum de comentários

Conheça a opinião de outros assinantes do Expresso e as respostas dos nossos jornalistas. Exclusivo para assinantes

Já é Assinante?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate
+ Vistas