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Legislativas 2024

Esquerda ainda procura “convergência”, Pedro Nuno liberta-se do legado e prepara oposição

Esquerda ainda procura “convergência”, Pedro Nuno liberta-se do legado e prepara oposição
Nuno Fox

O líder socialista travou a ideia de Rui Tavares de defender ao Presidente da República um governo minoritário da esquerda. No PS acredita-se que é hora de cura de oposição, com o novo líder socialista a libertar-se da herança costista e a preparar o terreno que pode demorar mais do que seis meses. BE insiste em “convergência” de esquerda e todos os partidos da esquerda já aceitaram o pedido de reunião

Esquerda ainda procura “convergência”, Pedro Nuno liberta-se do legado e prepara oposição

Liliana Valente

Coordenadora de Política

Todos juntos, os partidos da esquerda (PS, BE, PCP e Livre) têm mais três deputados (90), neste momento, do que a direita democrática (AD + IL) conseguiram nas eleições de domingo (87). Há quem olhe para estes números e veja que, minoria por minoria, mais valia a esquerda apresentar uma solução de bloco “coeso” ao Presidente da República, como defendeu Rui Tavares na noite eleitoral. Mas a possibilidade foi afastada na noite eleitoral por Pedro Nuno Santos que, acreditando que no final das contas (que só se saberão a 20 de março) o PS não será o mais votado e, na melhor das hipóteses, terá os mesmos deputados que o PSD, não há alternativa e mais vale fazer a “cura na oposição”.

O objetivo do PS agora é o de recompor o partido, libertando-se do legado costista e preparar terreno para uma travessia que pode ser rápida, se o Orçamento do Estado para 2025 for chumbado, ou mais demorada, podendo chegar a dois anos, se Montenegro resistir até setembro de 25, mês a partir do qual Marcelo está impedido de dissolver a Assembleia da República. Está tudo em cima da mesa.

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