Pedro Nuno Santos começou esta segunda-feira uma nova fase na sua vida política. Assumindo que “nunca negou” ter ambições de chegar um dia a secretário-geral do PS (embora agora não seja o “momento”, apenas quando o atual primeiro-ministro deixar de o ser), o ex-ministro fez um exercício de equilíbrio entre o tom elogioso das políticas do governo que ele próprio dirigiu - sobretudo em dossiês que queimam como a Habitação e a TAP - e as críticas cirúrgicas onde o governo podia estar a ir mais longe.
Foi nessa dança, entre “não ser oposição ao governo nem porta-voz do governo”, que Pedro Nuno Santos mostrou ao que vem no seu novo espaço de comentário político semanal: “fazer política”. E isso passa por vincar as diferenças em relação às políticas do governo e mostrar que tinha razão nos dossiês que assume terem sido os mais difíceis de gerir. Na TAP, o Governo não deve abdicar de manter a “maioria do capital”, defende; no novo aeroporto de Lisboa, já chega de estudos; e na habitação, o problema é complexo mas o Governo podia ir “mais longe” nos apoios ao crédito e devia chamar a banca a contribuir.
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