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PS “aberto a reflexão” sobre recrutamento de estrangeiros para as Forças Armadas

As dificuldades de recrutamento e manutenção de efetivos têm-se agravado nas Forças Armadas
As dificuldades de recrutamento e manutenção de efetivos têm-se agravado nas Forças Armadas
sérgio granadeiro

Enquanto o PS está “aberto” a uma reflexão para incorporar estrangeiros - como fazem Espanha e Reino Unido -, a ministra da Defesa resiste a essa solução, que exige uma revisão constitucional. Helena Carreiras acha que “não deve ser equacionada” meramente para resolver os problemas de efetivos. Marcelo já o defendeu, mas os partidos dividem-se

PS “aberto a reflexão” sobre recrutamento de estrangeiros para as Forças Armadas

Liliana Coelho

Jornalista

PS “aberto a reflexão” sobre recrutamento de estrangeiros para as Forças Armadas

Vítor Matos

Jornalista

O PS e o Governo costumam perfilar-se alinhados em público, mas marcham com o passo desacertado quando o assunto é a contratação de estrangeiros para combater a escassez, cada vez mais aguda, de efetivos nas Forças Armadas. Enquanto o PS se mostra, pela primeira vez, aberto a “refletir” sobre a possibilidade de a instituição militar ter imigrantes nas fileiras — como acontece em países aliados como Reino Unido, Espanha ou Dinamarca —, a ministra da Defesa, Helena Carreiras, considera que uma medida dessa complexidade “não deve ser equacionada” para resolver os problemas de pessoal. E que mexe com a “cultura” das Forças Armadas.

A ideia já tinha sido suscitada em público, em junho do ano passado, pelo próprio Presidente da República, quando Marcelo Rebelo de Sousa disse, num Fórum de Recrutamento, que os imigrantes devem ser incluídos como “fonte de recrutamento para as Forças Armadas”, algo que deveria ser “natural”. Um mês antes de Marcelo, o Grupo de Reflexão Estratégica Independente (GREI), que junta várias dezenas de oficiais-generais na reforma, tinha lançado um livro a defender a mesma solução, como forma de obterem a nacionalidade portuguesa: “A aceitação de candidaturas por parte de cidadãos provenientes dos PALOP poderia/deveria ser considerada como uma hipótese, face à proximidade histórica e cultural das populações destes países?”, questionavam os generais no livro “As Forças Armadas e o seu Enquadramento Estratégico e Funcional”.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: lpcoelho@expresso.impresa.pt

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