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Política

Professores: PS e Governo “perplexos” com veto de Marcelo. Conselho de Ministros mede resposta e o tom

Professores: PS e Governo “perplexos” com veto de Marcelo. Conselho de Ministros mede resposta e o tom
TIAGO MIRANDA

Isabel Moreira e Pedro Delgado Alves, da bancada socialista, dizem-se “perplexos” com argumentos e decisão de Marcelo e rebatem os argumentos. Governo deve dar resposta depois do Conselho de Ministros, embora a inclinação fosse para insistir no diploma, para não perder a prioridade às carreiras gerais - com um pequeno quadro do Banco de Portugal a ajudar ao argumento. Mas o Governo mede outra solução - e ainda o tom, porque não quer acender (mais) a relação com Marcelo

Professores: PS e Governo “perplexos” com veto de Marcelo. Conselho de Ministros mede resposta e o tom

David Dinis

Diretor-adjunto

Foi com alguma “perplexidade” - palavra que ecoa pelos corredores - que Governo e PS receberam a notícia do veto do Presidente ao diploma que pretendia repor parte do tempo de carreira que ficou congelado durante mais de sete anos aos professores. Perplexidade porque Marcelo invoca dois argumentos que não colhem entre os socialistas: o da desigualdade das soluções encontradas no Continente face às da Madeira e Açores (estas mais vantajosas, embora com recuperação gradual); e também o da admissão de uma reposição que comece apenas mais à frente, ou mesmo na legislatura seguinte (mas aí já sem Costa no Governo).

Ao primeiro argumento, no Governo responde-se que não existe “qualquer violação do princípio da igualdade”, desde logo porque a insularidade tem custos muito diversos, que em nada obrigam o Governo da República a distribuir da mesma forma em território continental. Ao segundo diz-se simplesmente que a promulgação deste decreto em nada proibia um futuro Governo a abrir outra negociação e a fazer de forma diferente - um argumento que o próprio primeiro-ministro chegou a transmitir a Marcelo nas conversas que ambos tiveram sobre esta lei.

Para já, os ministros mantiveram reserva sobre a resposta a dar à decisão do Presidente. Mas parecia ser possível que o Governo pretendesse manter a proposta, fazendo-a passar pelo Parlamento - como aliás o próprio texto do Presidente sugeria. Ainda com António Costa a caminho de Lisboa, o Conselho de Ministros mede esta manhã as respostas possíveis, assim como o tom, num momento que todos sabem ser sensível na relação com Belém (e que ninguém parece querer prejudicar mais, após o caso Galamba).

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