Política

Moedas desvaloriza comentário de Costa sobre falta de contacto durante cheias: “Fui eleito pelos lisboetas, o PS tem de se habituar a isso”

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O autarca de Lisboa respondeu ao que o primeiro-ministro disse esta quinta-feira: “Ligar, não ligar, não é importante. Importante é que as soluções cheguem”. Apesar de a casa de Costa ter inundado, Moedas vincou que “não são os casos concretos” que importam

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa respondeu esta sexta-feira de manhã aos comentários tecidos pelo primeiro-ministro no dia anterior. Questionado sobre se iria contactar Carlos Moedas a propósito dos efeitos das cheias, António Costa acabou por atirar, à saída de uma conferência de imprensa em Bruxelas: “Porque é que ele não me contactou a mim, quando tive a casa inundada”. Mas Moedas desvalorizou: “Ligar, não ligar, não é importante. Importante é que as soluções cheguem”.

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Em declarações aos jornalistas, o autarca de Lisboa lembrou que há dez dias que a cidade está numa “situação muito difícil” por causa das chuvas fortes. “Durante esses dez dias estive ao lado dos lisboetas, daqueles que tiveram mais dificuldades e maiores problemas, e que viveram situações únicas, de ficar sem nada”, continuou.

Como afirmou Moedas, Costa não se pode esquecer do seguinte: “Fui eleito pelos lisboetas. Utilizando até as próprias palavras do primeiro-ministro, penso que o Partido Socialista tem de se habituar a isso. É o único comentário que posso fazer”, atirou, numa referência clara à entrevista que o chefe de Governo deu à “Visão” e na qual disse “Vão ser quatro anos, habituem-se!”.

O presidente da Câmara de Lisboa continuou a responder sobre a ausência de contacto mencionada por Costa esta quinta-feira. “O primeiro-ministro dizia ontem que não o contactei naquela altura e eu diria ao primeiro-ministro que o trabalho foi muito, que estivemos a lutar ao lado dos lisboetas”. O autarca defendeu-se ainda dizendo que “comandar esta operação é estar nos casos mais graves”: “Aqui não são os casos concretos [que importam]”.

Nas declarações que António Costa deu esta quinta-feira, em Bruxelas, disse que “se fosse necessário” iria contactar Carlos Moedas a propósito da intempérie que assolou a capital. Visivelmente incomodado, depois de a jornalista insistir na pergunta, afirmou: “Deixe-se, esqueça o assunto”. Já afastado do púlpito e do microfone, o líder do Executivo confidenciou por último: “Posso-lhe perguntar porque é que ele não me telefonou a mim, quando tive a casa inundada”.

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