Expectativa no PS para que o primeiro-ministro use mudança na Saúde para mudar também Agricultura e reforçar coordenação política. Costa e Marcelo só terão agenda para posse a partir de dia 10
A demissão de Marta Temido chegou às redações pela 1h30 da madrugada de terça-feira. O primeiro-ministro justificou a hora com o tempo de tomada de decisão e de comunicação com o Presidente da República. “Foi à hora que conseguimos falar”, justificou Costa. O comunicado não esperou pela manhã para evitar que o dia começasse com mais apelos à demissão da ministra vindos da oposição e profissionais de saúde. Mas há muito que a ministra estava sob ataque e sem apoio público do primeiro-ministro. E assim se ia repetindo o que os socialistas já consideram ser a técnica de Costa para despachar ministros: vai resistindo, parece aguentar os ministros para lá do limite e depois deixa de os defender e deixa cair. Foi assim com Eduardo Cabrita, a quem o ligavam relações de amizade e com quem nunca mais falou. E nalguns sectores do PS a expectativa é que vá acontecer o mesmo com a ministra da Agricultura, a quem Costa não defendeu depois da polémica com a CAP.
Costa sem tempo para tratar da Saúde e a ministra que não quis continuar a arder em lume brando Marcelo põe condições ao sucessor de Marta Temido: "Prefiro uma gestão do SNS mais autónoma e independente do Ministério da Saúde" Costa "desta vez" aceitou razões de Temido: "É melhor concluirmos trabalho que está em curso e depois seguirmos a nossa vida"
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