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Presidente recusa regresso do serviço militar obrigatório

Foi durante a sua visita oficial a Moçambique que Marcelo anunciou que dará posse ao Governo no dia 30
Foi durante a sua visita oficial a Moçambique que Marcelo anunciou que dará posse ao Governo no dia 30
JOSÉ COELHO

Marcelo Rebelo de Sousa reconhece que há falta de efetivos nas Forças Armadas. Mas garante que voluntários estão a aumentar e que Portugal está em condições de cumprir os compromissos internacionais.

Eunice Lourenço, em Maputo

Marcelo Rebelo de Sousa recusa um regresso do serviço militar obrigatório como solução para a falta de efetivos nas Forças Armadas. "Há um esforço dos ramos para obter resultados", disse o Presidente da República, respondendo a uma pergunta do Expresso, à margem da sua visita oficial a Moçambique.

O Presidente reconhece que há um problema de falta de efetivos, mas diz ter informações dos ramos das Forças Armadas de que o número de voluntários está a subir. "Até por causa da evolução pós-pandemia", disse o chefe de Estado e comandante supremos das FA.

Segundo Marcelo, a procura por emprego nas FA surge como resposta ao desemprego surgido por causa da pandemia, mas também devido ao desempenho dos militares no apoio às populações e na organização do processo de vacinação.

Como o Expresso avançou nesta sexta-feira, o Anuário Estatístico da Defesa Nacional não é publicado desde 2016, pelo que desde esse ano não há dados públicos e publciados sobre efetivos e equipamentos de Defesa.

A mesma notícia do Expresso dava conta de que Portugal só enviou 18 militares para um exercício da NATO que está a decorrer e envolve 30 mil efetivos. Uma situação explicada pela falta de meios.

Ora, o Presidente da República tem garantido em Maputo que a guerra na Ucrânia não irá prejudicar o empenho português na cooperação militar com Moçambique. Questionado como é que é possível garantir esses compromissos com falta de meios e de efectivos, Marcelo garantiu que será possível cumprir os compromissos assumidos com a NATO e com Moçambique.

“Portugal está em condições para cumprir os seus compromissos”, garantiu Marcelo em declarações aos jornalistas, já em capital moçambicana, onde regressou depois de uma visita à Reserva Especial de Maputo, onde inaugurou, com o Presidente Nyusi, um empreeendimento turístico.

O PR regressa a Lisboa na segunda-feira e na quinta, 24, volta a reunir o Conselho Superior de Defesa Nacional para "ratificar decisões que completam aquilo que ficou decidido" a 24 de fevereiro sobre o envio de militares portugueses em missões da NATO no âmbito do conflito que se vive a Leste.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt

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