Marcelo Rebelo de Sousa reconhece que há falta de efetivos nas Forças Armadas. Mas garante que voluntários estão a aumentar e que Portugal está em condições de cumprir os compromissos internacionais.
Marcelo Rebelo de Sousa recusa um regresso do serviço militar obrigatório como solução para a falta de efetivos nas Forças Armadas. "Há um esforço dos ramos para obter resultados", disse o Presidente da República, respondendo a uma pergunta do Expresso, à margem da sua visita oficial a Moçambique.
O Presidente reconhece que há um problema de falta de efetivos, mas diz ter informações dos ramos das Forças Armadas de que o número de voluntários está a subir. "Até por causa da evolução pós-pandemia", disse o chefe de Estado e comandante supremos das FA.
Segundo Marcelo, a procura por emprego nas FA surge como resposta ao desemprego surgido por causa da pandemia, mas também devido ao desempenho dos militares no apoio às populações e na organização do processo de vacinação.
Como o Expresso avançou nesta sexta-feira, o Anuário Estatístico da Defesa Nacional não é publicado desde 2016, pelo que desde esse ano não há dados públicos e publciados sobre efetivos e equipamentos de Defesa.
A mesma notícia do Expresso dava conta de que Portugal só enviou 18 militares para um exercício da NATO que está a decorrer e envolve 30 mil efetivos. Uma situação explicada pela falta de meios.
Ora, o Presidente da República tem garantido em Maputo que a guerra na Ucrânia não irá prejudicar o empenho português na cooperação militar com Moçambique. Questionado como é que é possível garantir esses compromissos com falta de meios e de efectivos, Marcelo garantiu que será possível cumprir os compromissos assumidos com a NATO e com Moçambique.
“Portugal está em condições para cumprir os seus compromissos”, garantiu Marcelo em declarações aos jornalistas, já em capital moçambicana, onde regressou depois de uma visita à Reserva Especial de Maputo, onde inaugurou, com o Presidente Nyusi, um empreeendimento turístico.
O PR regressa a Lisboa na segunda-feira e na quinta, 24, volta a reunir o Conselho Superior de Defesa Nacional para "ratificar decisões que completam aquilo que ficou decidido" a 24 de fevereiro sobre o envio de militares portugueses em missões da NATO no âmbito do conflito que se vive a Leste.
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